Transformação digital. E você com
isso?
Rafael de Tarso Schroeder (*)
Não importa a sua área de atuação, seus interesses, hobbies, aversão ou
dificuldade com a “tal da tecnologia”. Não importa se quer criar seus filhos
desconectados ou isolados dos perigos da web. A verdade é que parte da evolução
do mercado está intimamente ligada ao conceito de negócios digitais. Sendo
assim, não se assuste se durante as férias as crianças passarem um tempo
programando jogos ou reunidos em hackathons criando empresas
digitais de milhares de dólares. O novo imperativo exige uma nova linguagem, um
novo jeito de criar experiência para o consumidor, de tentar, errar, testar,
prototipar, mas, principalmente, virtualizar e tornar disponível para o mundo.
É fato que a transformação digital é muito maior que a área de suporte
da sua empresa, mais conhecida como TI. Se você tem um pequeno negócio ou atua
em grandes projetos, você precisa entender que parte do seu futuro depende da
capacidade de trazer para o centro da discussão esse processo. Você não precisa
pensar muito para concluir o quanto Whatsapp, Airbnb, Bla Bla Car, Uber,
Netflix, Nubank, entre outros aplicativos e empresas, mudaram a forma
como você consome, interage e até vende seus serviços.
A pergunta que me fiz e acredito que você provavelmente irá se
fazer é: Por onde começo? Claro que depende do que você está buscando,
mas, acredito que um passo é tornar a área de TI cocriadora das estratégias
organizacionais. Em pequenos negócios é importante construir parcerias ou
contar com aquele amigo mais tecnológico para orientar quanto às
possibilidades. Fato é que de um jeito ou de outro, você deverá incorporar à
sua cultura, conhecimento ou em sua equipe, pessoas que possam traduzir a
tecnologia para você e trabalhem para simplificar o dia a dia da empresa.
Nuvem, realidade aumentada, internet das coisas, impressão 3D, aprendizado de
máquina, marketing digital, entre outros temas e tecnologias podem contribuir
para a elaboração de uma rota.
Porém, essas são as ferramentas, mas, não necessariamente estratégias.
Considere estudar dois assuntos que podem contribuir para colocar estas
ferramentas em prática: Design Thinking e Modelo de Negócios. O design thinking
virou moda entre consultorias, grandes empresas e empresas nascentes
(startups), mas, na prática é um método que orienta o negócio de forma
empática, contribui para você estruturar seus clientes e as necessidades deles
em nichos ou grupos de características, às quais você responderá com o seu
modelo de negócio. O que significa definir um conjunto de serviços,
produtos e canais alinhados à priorização de novas tecnologias e processos
digitais que criarão valor e consequentemente resultados inovadores.
Por isso, a combinação entre tecnologia e capacidade de criar uma
experiência inovadora é fundamental para o sucesso neste processo sem volta
chamado transformação digital. Governos, empresas, organizações e
famílias estão estabelecendo novos processos para responder a este momento. E
você? O que vai fazer com isso?
(*) É
especialista em Sustentabilidade, empreendedorismo e inovação, e atua como
professor do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE), de Curitiba
(PR).
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